quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Tinha os olhos inchados.
Vermelhos.

Tlim, Tlim, Tlim. Continuava o barulho, a lembrar-me.

Queria só um abraço, queria que passasse.

Tlim, Tlim, Tlim.

Páro o carro, e basta um olhar para o coração acalmar.
O barulho agora é diferente, Pum Pum Pum.
Falo, digo, e páro. Já não me sai palavras.
Ele olha-me.
E nasce-me uma calma imensa, que eu tendo em não deixar que me invada, como se não fosse merecedora de tal.
E resisto. Como se, de forma egoista, só me permitisse que eu me acalmasse.
Pum. Pum Pum.
Tlim. Tlim. Tlim.
Mistura de som.
Plim. Plim. Plim.
E resisto.
E perco a força, e deixo. Deixo que o olhar junto ao abraço me dê a calma e me tranquilize.
Já não me lembrava do que era deixar fazer parte.
E o barulho dos cabides desaparece e fica apenas o silêncio.
O silencio da calma e da paz de se deixar tomar conta. Deixar o orgulho de lado.
E o silêncio toma porpoções gigantes, e o corpo deixa-se ficar na tranquilidade que tanto asperava.
E nisto chega a hora, e ele diz "Parabéns".
E sinto que mereço, que mereço isto.
Pum pum pum, é o barulho que me fica.

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