quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Mana

Sempre lhe chamei mana.
E ela sempre me chamou pelo meu nome.

Nunca nos chamámos nomes fofinhos, nem especiais, para além destes.
E bastava.
Eu era a mana cassula, ela a mana mais velha.
Sempre tomou conta de mim, mesmo quando eu não queria.
Mesmo quando eu era má para ela, e lhe espetava garfos na cabeça, ou lhe dava injecções, quando brincávamos aos médicos!

Tinhamos as nossas divergências, mas nunca nos demos mal.
E ela ficou a minha confidente, com quem partilhava o dia a dia. Mesmo as coisas mais banais. Nunca nos faltou conversa.

Ontem ela ligou, e percebi o quão ela me faz falta.
Esta ausência (por um muito bom motivo) faz com que sinta falta de uma parte de mim. Falta-me o meu eu quando estou com ela.

Mana, sinto muito a tua falta. Nas coisas pequeninas, e nas coisas grandes, mas mais nas coisas pequeninas.

1 comentário:

Eu disse...

como deves ter percebido pelo telefonema de ontem, tb tenho muitas saudades tuas.

hoje deixe-te um recado em cima da tua cama... espero que gostes

bjs