sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Wishlist para o Natal deste ano:

- Uma dose de juízo por favor, é que estou mesmo a precisar!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

E depois há...

... os amigos a quem se confronta a verdade, ali todinha, nua e crua, e eles mudam as atitudes, porque é fodido dar razão aos outros.

Cada vez mais...

... encontro pessoas, com mil problemas, que preferem fingir que não existem e pronto.

Penso, é da idade e também vou ser assim, ou é feitio?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Eu tentei dizer.




"Eu tentei dizer,
Aquilo que não pode ser dito.
Aquilo que as palavras não dizem.
O que não pode ser entendido pela razão.
Nem tão pouco pelo inconsciente.
Eu tentei desesperadamente dizer...
Tudo o que não devia ser expresso.
Mas tentei na mesma.
E as palavras que encontrei,
para tentar dizer o que tinha de ser dito,
não foram palavras nenhumas.
Eu tentei dizer,
o que esta musica diz."

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tatuagem.



Respondeu-lhe que sim. “Mas a sério que estás bem?”. Sempre mentiu muito bem sobre esta questão. É uma merda. É uma merda, porque fica a porcaria dos olhos à mostra, e os olhos, esses cabrões não mentem. Esses filhos da puta, não mentem nunca. E ele sabia tão bem que ela não estava bem. Mas ela respondeu-lhe que sim. E ele fingiu. Fingiu tão bem como ela. Fingiu que acreditou. E ela fingiu que estava bem. E assim ficou tudo bem. Até não ficar, porque a merda vem sempre à tona. E quando se gosta de alguém não se consegue ignorar por muito tempo a verdade que se vê nos olhos dela quando ela mente. E ele correu, para lhe mostrar que estava lá. Que ela podia dizer a verdade, ela podia despejar a carga de água que lhe carrega nos olhos, que ele tinha chapéu de chuva para lhe emprestar. E galochas. Para os dois. E abraçou-a. Ela estava fria. Gelada até.
Ela. Ela perdeu as forças e afundou-se nela própria, afogou-se na mentira da verdade que não contou. E quando ele veio em seu resgate, ela já se tinha afundado, e nem os cabelos longos a salvaram. Porque ele, quando a alcançou os cabelos escorregavam-lhe das mãos, assim como ela.
E ele atirou-se de cabeça para o mar que ela se transformou. E afundou. Afundaram os dois. Perderam-se os dois. Era uma resposta tão simples. “Tás bem?”, “Não, salva-me.” Parece tão simples agora.

Hoje. Ela é outra.
Hoje. Ele é outro.
Hoje são outros na vida de alguém. Resgataram-se da sua própria vida, mas primeiro tiveram de morrer. E como imagem de marca para o futuro e para os outros próximos, tatuaram no corpo “this too shall pass”. E sim. Tudo passou. Tudo passa. Tudo passará.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Caos e Equilibrio.



Podia comentar, mas nem vale a pena. Está tudo dito.

Lx by night

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pois.

- Então, já decidiste?
- Já decidi o quê?
- Não desconverses. Já te sei bem.
- Não.
- Mas não queres ser feliz?
- Que pergunta parva, claro que sim.
- Então porque não fazes nada?
- Pois. É fodido. Sair da confort zone é muito fodido.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Assim, Assim.



"Eu já não me rio da mesma maneira, mas também já não choro."

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mestre da escrita.

António Lobo Antunes.


Liga-me daqui a vinte minutos que agora não posso falar. Não é o meu marido que ainda não chegou a casa, não são as crianças que estão lá dentro com o computador e a porta do quarto fechada, não é ninguém, estou sozinha mas não consigo falar. Não, não tem a ver contigo, porque carga de água teria a ver contigo, tem a ver comigo apenas, coisas que se passam entre eu e mim e não me apetece explicar, aliás se explicasse não entendias, o que sabem vocês das mulheres, do que se passa numa mulher, do que uma mulher pensa, do que uma mulher sente, acham que somos malucas, acham que somos diferentes, acham que somos parvas, liga-me daqui a vinte minutos, se quiseres, se te der na bolha, se te apetecer e talvez eu consiga ou talvez não consiga, sei lá, sei que agora não posso falar, a única certeza que tenho é que agora não posso falar. A ti nunca te aconteceu não poderes falar, claro, podes sempre, vocês podem sempre, vivem da boca para fora, impingem sentimentos como quem impinge electrodomésticos, exigem que a gente os compre pelo vosso preço e, francamente, o vosso preço, neste caso o teu preço, não me interessa um fósforo, experimenta dentro de vinte minutos e talvez eu torne a ser parva e te oiça e acredite em ti e compre como tenho comprado até hoje, põe a mão na consciência e repara como tenho comprado até hoje mas neste momento nem sonhes, não posso, não me apetece, não quero, deixa-me sossegada um bocadinho, não me venhas com histórias que não engulo nenhuma, preciso de pensar, de tentar entender, de tentar entender-me, não insistas que me incomoda insistires, não te tornes aborrecido, não te tornes peganhento, vou cortar a chamada, não posso falar e, se pudesse falar, não respondia o que querias, não dizia o que te apetece que eu diga, o que ordenas, sem ordenar, que eu diga, a tua maneira de dares a voltinha às coisas, de me levar à certa, de me fazeres prometer o que jurei a mim mesma não prometer, não posso falar e é tudo, sinto-me tão vulnerável, tão frágil, não me obrigues a abrir a boca, a chamar-te querido, a chamar-te amor e a ser sincera ao chamar-te querido, ao chamar-te amor, não tenho ganas de ser sincera nem de acreditar em ti nem de esquecer tudo o resto, eu querido, eu amor e tu a rires-te por dentro visto que vocês se riem sempre por dentro, vocês para os amigos
- Claro que a gaja engoliu
vocês para os amigos
- A gaja engole sempre
e acontece que a gaja não engole agora, a gaja recusa engolir agora, acontece que a estúpida da gaja percebe tudo agora, vai à fava, larga-me da mão e vai à fava, acaba com a vozinha quente, acaba com os argumentos idiotas que a gaja não está no papo, está muito longe de estar no papo, os teus amigos
- O que sucedeu à tua palheta?
e sucedeu que a tua palheta já não vale um chavo, não vais lá com palheta, não vais lá com juras, promessas, arrependimentos, não vais lá com diminutivos, não me peças colo, não armes ao pingarelho a pedir colo, fala-lhe ao coração que a gaja amolece e no caso não amolece nem meia, nem é questão de amolecer, aliás, amolecer o quê, acreditei enquanto resolvi acreditar e acabou-se, não acredito mais, não faças partes gagas, não mintas, olha, para usar os vossos termos vai à merda, não ligues daqui a vinte minutos sequer, não ligues mais, se ligares não atendo, se te pendurares da campainha da porta não abro, se falares com o meu irmão
- Eh pá põe-na mansa
mando-o às malvas num rufo, aguenta como um homenzinho e cala-te, que é feito da tua autoridade, que é feito do teu orgulho, não rastejes que me fazes dó, aguenta-te nas canetas, cresce, se aos quarenta anos não cresceste quando é que vais crescer, não cresces, continuas uma criança, vocês todos hão-de ser sempre crianças, não aprendem, estou farta, filhos já eu tenho que cheguem, maridos, fora este, dois iguais a ti que não me interessa onde param, raios vos partam a todos, não dou mais dinheiro a ganhar a psiquiatras, não vou andar por aí a tropeçar nas coisas derivado aos calmantes, apetece-me paz, entendes, sossego, entendes, nem sonhes em pendurares-te em mim, tentares enganar-me, meteres-me no bolso, não metes, já meteste, não metes, não necessito de botija de água quente à noite, não necessito de companhia para jantar fora, não necessito de entrar de braço dado seja onde for, não necessito da tua escova de dentes no copo do lavatório nem que me consertes seja o que for em casa, a gaja não engole sempre, a gaja não engoliu, a gaja nunca mais vai engolir, pelo menos de ti a gaja nunca mais vai engolir, vou desligar isto e deixá-lo no silêncio e, por favor, não me inundes de mensagens, não me inundes de recados, não me faças esperas, não argumentes, não teimes, some-te, que alívio ver-te pelas costas, ouvir falar de ti como de um estranho, nem fazer ideia onde moras, espero que longe e daí tanto me faz, quero lá saber se longe ou perto, não te desejo que sejas feliz, como poderias ser feliz, és parvo, ouviste bem, és parvo, enfia isto na tua cabeça, és parvo de nascença e adeuzinho que agora não posso falar, ainda por cima com o meu marido a meter a chave à porta, aprende a respeitar as senhoras casadas, não lhes cries situações que as embaraçam, some-te, se desejares, mas só se desejares muito, muito mesmo, do coração, encontras-me amanhã no escritório a partir das dez horas.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Agora,

em Dezembro, mais que o Natal, comemora-se a visita dos amigos que emigraram.
Agora em Dezembro, mais que o Natal, mata-se saudades das pessoas que me fazem verdadeiramente falta, menos um vah, dois pronto. Um que passa o Natal lá na Singapura e outra que fica em São Paulo.
Fazem-me muita falta os meus amigos emigrantes.
Agora em Dezembro, já nem se fazem wishlist, pergunta-se ainsiosamente "qual é o dia que chegas?".
Agora em Dezembro, o meu Natal já não é a 25. É o dia que eles chegam.
Um brinde ao Natal, que os juntam a todos cá de novo.

Perfeição.




Leave your home
Change your name
Live alone
Eat your cake

Vanderlyle, crybaby, cry
Oh the waters are rising
Still no surprising you
Vanderlyle, crybaby, cry
Man it's all been forgiven
Swans are swimming
I'll explain everything to the geeks

All the very best of us
String ourselves up for love
All the very best of us
String ourselves up for love
All the very best of us
String ourselves up for love
All the very best of us
String ourselves up for love

Vanderlyle, crybaby, cry
Oh the waters are rising
Still no surprising you
Vanderlyle, crybaby, cry
Man it's all been forgiven
Swans are swimming
I'll explain everything to the geeks

Hanging from chandeliers
Same small world
At your heels

All the very best of us
String ourselves up for love
All the very best of us
String ourselves up for love
All the very best of us
String ourselves up for love
All the very best of us
String ourselves up for love

Vanderlyle, crybaby, cry
Oh the waters are rising
Still no surprising you
Vanderlyle, crybaby, cry
Man its all been forgiven
Swans are swimming
I'll explain everything to the geeks

I'll explain everything to the geeks
I'll explain everything to the geeks

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Paredes imensas.

Sometimes we put up walls. Not to keep people out, but to see who cares enough to knock them down.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ser brilhante é:

é que dá vontade de vomitar.

Adele. Aurea. Já chega sim? Já podem desaparecer por amor de Deus?!
Credo pah.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Paranormal Activity 3

A melhor frase de todas:
- Mas porque é que vocês vêm ver filmes destes?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011