É tão igual que assusta.

A minha mãe e eu.

Momentos (V)

... Ele esperar até à uma da manhã que eu chegue, só por um abraço.

Mas, porquê?

- Mas porquê?
- Porque passei a vida a fugir disto, e agora vejo-me lá no meio. Luta constante entre o que sou, serei, quero ser, e tou a ser.

- Podes sempre partir, sabes?
- Sei. E é por saber isso que ainda fico pior.

- Mas porquê?
- Porque tenho de ser eu a decidir e a ficar com o peso da decisão.

- Podes sempre tentar, sabes?
- Sei.

- Porque não partes, então?
- Porque me faz todo o sentido ficar.

- Então qual é o dilema afinal?
- Não é dilema, é arranjar desculpas, para mais uma vez, desistir.

- Mas porquê?
- Porque passei a vida à procura disto.

Há dia que sabe bem...

...

Me: :D Somos mil hoje!
M.: lol
Contigo... Não estava à espera!!! lol
Me: ahahhahah
Porque é que atraio tanta gente?
M.: Porque és boa como oh caraças
Porque és uma fixe
;)
Porque é sempre ramboia!


Há dias que é preciso!

"Como estás?"

Está-se bem.
Está-se tão bem.

Mana

Sempre lhe chamei mana.
E ela sempre me chamou pelo meu nome.

Nunca nos chamámos nomes fofinhos, nem especiais, para além destes.
E bastava.
Eu era a mana cassula, ela a mana mais velha.
Sempre tomou conta de mim, mesmo quando eu não queria.
Mesmo quando eu era má para ela, e lhe espetava garfos na cabeça, ou lhe dava injecções, quando brincávamos aos médicos!

Tinhamos as nossas divergências, mas nunca nos demos mal.
E ela ficou a minha confidente, com quem partilhava o dia a dia. Mesmo as coisas mais banais. Nunca nos faltou conversa.

Ontem ela ligou, e percebi o quão ela me faz falta.
Esta ausência (por um muito bom motivo) faz com que sinta falta de uma parte de mim. Falta-me o meu eu quando estou com ela.

Mana, sinto muito a tua falta. Nas coisas pequeninas, e nas coisas grandes, mas mais nas coisas pequeninas.

Momentos (IV)

- Porque é que tiras o relógio.
- Para não te arranhar.


(São as coisas pequeninas que me ficam...)

Momentos (III)

É nestas alturas, qd me perco de mim, que fico totalmente, perdida em ti.

Momentos (II)

Sempre habituada a estar de fora.
A ser mais alguém a assistir.
Sempre habituada ao espaço.

...

E derepente...
Faço parte de tudo. Ele faz questão que eu faça parte de tudo. Mesmo sem dar conta.
E eu sem saber.
E eu sem esperar.
Acaba o concerto. Ele desce, e a primeira coisa que acontece, é um abraço.

Momentos (I)

Uma multidão.
Ele no alto.
Eu a olhá-lo por detrás dos outros.
Ele a olhar, como que à procura.
O olhar cruza-se. E o tempo pára.
E a multidão dispersa-se.
E os olhos dele estão pregados aos meus.

Palavras para quê?

Em repeat.

Em mudanças (part I)

Deixar o orgulho de lado e não ter medo de dizer:

Eu preciso.

Nem tudo o que nos ata, nos prende.
Prende-me. Com muita força a ti.
Prende-me da melhor forma que sabes, que é assim mesmo, a amar-me/te/nos.
Não me importo que me algemes, que me obrigues a ficar. Eu sou teimosa, e vou querer ir, mesmo sabendo que quero ficar. Ralha-me e chama-me à razão.
E beija-me sempre no final, para me relembrar, como o mundo pode parar em segundos.

Tomar conta

Foi isto, assim, tal e qual, quando me deixaste ontem à porta do meu carro e disseste "Fica aqui bem perto para não apanhares frio".

Tomar conta. Esqueci-me o que era isso.
E sabe bem.
Tu tomares conta de mim.
Tomar conta.
Eu sem me lembrar o que é tomar conta.
Tu a seres cuidadoso.
Tomar conta.
E sabe bem.

Parabéns.

Sinto a falta dela.
Estavamos o dia todo a trocar palavras, conversas, sentimentos, episódios, vontades, desejos, tristezas, desabafos, ideias, partilhas...
A minha melhor amiga de sempre, desde sempre e para sempre. Em todo o sempre. Em cada momento.
E depois veio o melhor de tudo, o D.
E a minha melhor amiga deixou se estar cmg o dia todo. Aqui, sempre pronta e disponível. Não querendo com isso dizer, que não esteja cá.
Mas. Sinto a tua falta.
A minha irmã. A minha melhor amiga de sempre, para sempre.
Mana, Parabéns.

Eles fazem parte do que sou, todos eles.

Fumava um cigarro à janela a olhar lá para baixo.
O fumo tapava um pouco a visão, mas quando desvanecia conseguia ver aquele chão cheio de gente, rever os momentos da noite anterior.
Tinhamos a casa cheia.
Havia gente em cada canto para onde olhava... E consigo ver em cada um deles um bocadinho do que sou hoje.
E tenho orgulho nisso, em mim, e neles, e neles comigo, e neles sozinhos.
Os amigos. Os amigos são a familia que podemos escolher, e eu tenho uma familia gigante. E uma familia verdadeira.
Meus caros, preciso vos agradecer por fazerem de mim o que sou. Por me fazerem feliz. Por me fazerem rir, chorar, irritar, gritar, enternecer, falar, ouvir.
E o cigarro já estava no final, e a sensação de felicidade crescia.
E fecho a janela convicta que mesmo eles já não estando ali em baixo, estão comigo, da mesma forma que eu estou com eles.

Obrigada por terem vindo.

Os 26 e o meu pai

Era fim do dia, e eu caminhava em direcção a casa.
Esperava-me um jantar com eles todos, e uma noite de amigos lá em casa.

O meu pai liga e diz:
- Olha lá, há bebidas cá em casa para logo?
- Não sei pai, mas vou comprar Beirão. Já temos uma grade de minis, para hoje deve chegar.
- Deixa tar filha, eu vou buscar.

E está ele pronto a desligar quando eu me lembro.

- Oh Pai, eu faço anos! Podias dar-me os Parabéns!!!!!!!!
- Já dou, quando te vir!

Portanto, prioridade, bebidas em casa, o resto temos tempo!
E é verdade, temos tempo, temos sempre tempo para quem gostamos. E ele estava lá à minha espera, com um abraço pronto para me receber com um beijinho de Parabéns e 3 garrafas de Licor Beirão, "Não fosses tu ter muita sede!", disse ele!!!!

O meu pai, é a pessoa que mais amo e admiro no mundo.
O meu pai é o que quero ser quando for grande.

Tinha os olhos inchados.
Vermelhos.

Tlim, Tlim, Tlim. Continuava o barulho, a lembrar-me.

Queria só um abraço, queria que passasse.

Tlim, Tlim, Tlim.

Páro o carro, e basta um olhar para o coração acalmar.
O barulho agora é diferente, Pum Pum Pum.
Falo, digo, e páro. Já não me sai palavras.
Ele olha-me.
E nasce-me uma calma imensa, que eu tendo em não deixar que me invada, como se não fosse merecedora de tal.
E resisto. Como se, de forma egoista, só me permitisse que eu me acalmasse.
Pum. Pum Pum.
Tlim. Tlim. Tlim.
Mistura de som.
Plim. Plim. Plim.
E resisto.
E perco a força, e deixo. Deixo que o olhar junto ao abraço me dê a calma e me tranquilize.
Já não me lembrava do que era deixar fazer parte.
E o barulho dos cabides desaparece e fica apenas o silêncio.
O silencio da calma e da paz de se deixar tomar conta. Deixar o orgulho de lado.
E o silêncio toma porpoções gigantes, e o corpo deixa-se ficar na tranquilidade que tanto asperava.
E nisto chega a hora, e ele diz "Parabéns".
E sinto que mereço, que mereço isto.
Pum pum pum, é o barulho que me fica.

Tlim, Tlim, Tlim.
Era véspera de aniversário, e tinha tudo na cabeça menos isso.
Tinha mil pensamentos que me faziam tremer as mãos e apertar o coração. Mas tinha de ser. Remexi os cabides, tirei a roupa, abri a mala,e ouvia-se o tilintar dos cabides uns nos outros. Era um barulho que arrepiava.
Era esse barulho que me ia na cabeça no regresso.
Tlim, Tlim, Tlim.

Fazer 26.

...e o unico som que tenho na cabeça são o bater dos cabides uns nos outros.

Preciso...

...parar.

Viciei-me aqui.

WishList

Ia para aqui começar a debitar uma serie de coisas que queria que me oferecessem.

Parei para pensar.

Pensei.
Pensei.
Voltei a pensar.
Repensei.
Outra vez...
Bolas...
Entao mas...

...É bom quando se percebe que não é preciso nada.
Sinto-me completa. E feliz.
Quero é mais dias assim. Pode ser?

É a musica.
É o video.
É o adormecer cansada e não parar toda a noite.
É o acordar cansada de não parar toda a noite.
É o não parar que faz viver.
É o viver que faz sentir.
É o sentir que provoca o ser feliz.
É o ser feliz.