segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Revolutionary Road

Ela era uma sonhadora! Queria seguir os sonhos e estava disposta a largar tudo e começar tudo de novo.
Ele também foi um sonhador, em tempos! Hoje era um homem infeliz, não amava o trabalho que tinha, e não sabia que um dia podia encontrar a sua vocação!
Ela amava-o.
Ele amava-a.
Ela partilhou o seu sonho com ele. Ela queria muito que ele fosse feliz. Que se encontrasse a si próprio.
Iam começar tudo de novo.
Ele ficou renitente à ideia, mas acabou por aceitar.
Ela ficou feliz de novo, por descobrir que o seu sonho era partilhado pela cara metade.
Ela engravidou do terceiro filho.
Ele viu nisso uma desculpa perfeita para não começar de novo, podendo assim disfarçar o seu medo de arriscar e ser feliz.
Ela ficou devastada. Não queria outro filho. Queria começar de novo.

De repente, ela era doida aos olhos dele. A sua coragem, força, e dedidacação para os fazer feliz, foi vista por ele como uma ameaça.
Ele ficou com medo, mas nunca lhe disse.
Ele decidiu ficar onde estavam.
Ela estava infeliz.
Ele estava infeliz.
Ele condenou a suas vidas a serem aquilo, infelizes.

Ela abortou, fez um aborto com as próprias mãos.
Ela morreu.
Ela amava-o.
Ele amava-a.

Ele não aproveitou a oportunidade que lhe foi dada.
Saiu da cidade onde morava, e foi ser infeliz noutra cidade qualquer, sem ela.

Este filme foi qualquer coisa que mexeu muito comigo.
Eu vi-me na personagem dela tantaz vezes... A dizer as mesmas coisas, a sentir as mesmas coisas. E depois, todos a acharam doida!

Serei também doida?
Não!
Eu sei que não!

1 comentário:

Anónimo disse...

No final desta leitura, só pensava, "eu não deveria ter lido este post até ao fim..." Não porque te ache doida, mas porque o filme me pareceu emocionalmente intenso e não queria sabê-lo antes (de o ver...), acho que gostaría mais de apanhar o choque em 1ªmão, é como se me dissesses que o barco se ía afundar antes de ir ver o Titanic (hum, também tem a winslet, curioso...) :) Um filme a ver portanto, ao contrário do filme "contrato", que não tem boa representação, não tem bom enredo e argumento, a realização escapa, a fotografia é sofrível, a banda sonora simplista e insípida, enfim, um trailer conseguido...