segunda-feira, 29 de novembro de 2010

À espera do tempo.

De costas é ela, tal e qual, a perna que coxeia, a roupa escura do luto que sempre fez. O cabelo muito cinzento clarinho, curto. Baixinha. De lado tambem é ela. O nariz abatatado, as bochechas gordinhas e cor de rosa.
E corri para ela. Era a avó, ali no centro comercial. Até a olhar de frente, e.
Apanho de todos os lados. Uma porrada sem dó nem piedade, murros no estomago. Pontapés nas costelas. Deixo de respirar, furou-se-me um pulmão. A cara está dormente de tanto estalo.

Sem comentários: