tic. tac. ouve o bater dos segundos passar e sente que há toda uma vida que não está a viver. tic. tac. eco-a-lhe o som na cabeça. está sentada à espera de conseguir vomitar palavras que façam sentido. sente-se desafiada, e são os desafios que a façam sentir. tic. tac. ensurdecer o som do filha da puta do relógio, a dizer-lhe que a cada segundo que está ali a olhar para o ecrã há uma vida que não está a viver. tic. tac. pum. pum. os sons estão coordenados agora. o bater do coração. pum. pum. percebe que estar parada também faz parte de viver. é obrigada a ouvir os pensamentos. a ouvir o coração. pum. pum. deslumbra-se e percebe que, afinal, o coração também bate. está viva e merece estes minutos de silencio. não se lembrava que o silêncio é precioso. tic. tac. é obrigada a pensar em si. pum. pum. o medo de pensar em si. tic. tac. estão coordenados. ainda não percebeu se é o coração que a coordenou e se foram os segundos a passar.
terça-feira, 13 de outubro de 2020
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Composição: resume de forma muito sucinta de aqui até agora.
Aqui: Paredes de
Coura
Agora: Hoje
Detalhes:
Escrever um número de telefone num papel. Decorá-lo inconscientemente. Loba. Combinar
Paredes de Coura.
Paredes de Coura.
Sentir tudo. dEUS. Ver Deus a ver dEUS. Permitir-me sentir tudo. Perder o medo.
Casamento da Bodelagem. Desmaiar
(quase!) com a surpresa da presença do emigrante armado em chinês.
Voltar a casa. Não estar sozinha. Apaixonar-me. Saber o que é ser dois em um. Cadelas.
Sermos quatro em um, Sonhos. Fazer tudo. Dizer tudo. Estar em paz. Combinar
coisas a dois. Nicolas Jaar. O episódio antes de Nicolas Jaar. Não saber o que
somos mas não querer saber. Sentir, só, tudo. É sério. Os meus pais. Os pais
dele. Não dormir sozinha desde a primeira noite. Fim de ano. Decisões. Mudar de
casa. Partilhar. A nossa casa. Ganhar uma família nova. Descongelar o pedaço de
coração que gelou aos 12 anos sobre cães. Aceitar que somos dois mais dois de
quatro patas. As primeiras férias. A avó
doente. Não aceitar. Fechar o coração. Não querer sentir nada. Perder outra
vez? A ultima viagem ao hospital, sozinha, sem saber que era a ultima.
Assaltarem-me o carro. Os estilhaços de vidro partido misturados com a revolta
da privacidade remexida. A capela com o caixão. Os abraços recebidos. Os
abraços não recebidos. Não saber chorar. Não deixar a dor entrar. A dor a
entrar toda em publico, de bíblia na mão e de padre ao lado. Misturar letras
com lágrimas. Não saber se o som que me saí são palavras com letras ou com
lágrimas. O olhar da mana. O abraço da mana. Aquela sala de 5m2 e o choro
abafado de consolo. Mais um ano de sobrinho. Não esquecer nunca o momento em
que após receber um presente em dizemos “Foi a avó do pau”, o sobrinho olha
para o céu e diz “Muito Obrigado Avó do pau.” O baptizado do sobrinho mais novo.
E do pai. Ser palhaça. A noite que me limpou a alma no Incógnito. Dançar de
olhos fechados. Meco. Artic Monkeys. Queens of the Stone Age. Verão. Agosto
outra vez. 1 ano a dormir a dois. Paredes de Coura. Chegar eufórica, partir
noiva. ESTAR NOIVA. As malas para 7 dias da amiga de sempre que veio acampar
sem tenda por duas noites. Ericeira. Férias a 8. Todos. Sentir que tudo faz
sentido. Jantares. Copos. Praia. Amigos de toda a parte, juntos, connosco a
celebrar. Fazer 30 anos. Sentir-me com 20. Frio outra vez. Os olhos pesados da
mãe saudosa de ser filha. Os olhos sem brilho do tio. Fingir que não sinto nada
para poder assumir o peso e os olhos baços. Lembrar-me Dela todos os dias. O
dia de anos dela. O primeiro ano da minha vida que o 13 de Novembro não junta
num simples jantar, com carne assada e arroz de marisco e bolo de bolacha,
todos nós. Natal. Invejar a inocência nos olhos dos sobrinhos quando chega o pai natal. Ser pai natal para
a família nova. Fim de ano. Aniversário surpresa. A Chiclet. 2 meses de quatro
patas. Sentir que são mais que cadelas, são família. Acordar e não ter o carro.
Perceber o que é um roubo. A revolta de me roubarem o carro. Aceitar que não
mais o verei. O medo. Ter medo. Viver com medo. Aqueles dias sozinha em casa à
noite. A protecção da cadela mais velha. Não dormir. Não comer. A cadela mais
velha a tomar de mim. Deixar o medo controlar-me. Mudar de casa. 1 de Abril –
senhor agente telefona e tem o meu carro. Sentar-me na secretária e chorar
copiosamente de telemóvel na mão. “Pensava que nunca mais ia ver o meu carro”. Ligar
à mãe a contar “Oh, não me enganas, já te conheço, hoje é dia das mentiras”. Ir
buscar o carro. Ter medo de saber o que aconteceu com ele. Descomprimir de 3
semanas sem dormir e sem apetite. Sentir tudo. Corpo dorido. Casa nova.
Enxoval. Tupperwares. A nossa casa.
Hoje. Sou uma
pessoa diferente. O amor transformou-me, trouxe o meu lado bom á superfície.
Olho para mim e tenho orgulho no que me tornei. As feridas do passado estão
saradas e perdoei-me. Comecei de novo sem deixar que os erros do passado afectassem
quem não ter de pagar por isso.
O medo. O medo
controla-me. E sou diferente por isso. Mas, não podendo fazer muito, espero
pelo tempo, já sei que ele cura tudo. E vamos continuando a vida a 2 + 3, de
sorriso nos lábios, porque o que importa mesmo, não se rouba.
Curiosidade: O ultimo post ser sobre medo. O ultimo paragrafo deste post ser sobre medo. Cabrão.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Liberdade
- Liguei-te. Porque é que não me atendeste o telefone?
- Desculpa, estava demasiado ocupada.
- Ocupada? Com o quê?
- A ser feliz.
- Desculpa, estava demasiado ocupada.
- Ocupada? Com o quê?
- A ser feliz.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Registar reviravoltas.
Quanto apontares um numero de telefone novo, aponta num papel e deixa-o espalhado por casa.
Um dia ligas e tudo muda.
Um dia ligas e tudo muda.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Como é que consegues?
- A sério, diz-me como é que consegues?
- Como é que consigo o quê?
- Estar sempre assim, radiosa, feliz, de sorriso na cara.
- Ahahahah. Não faço ideia. Acho que tenho mesmo uma felicidade natural dentro de mim.
- Mas como é que consegues?
- Não sei. Juro que não sei. Talvez tenha a ver com a aceitação. Aceitar as coisas que acontecem.
- Mas a sério, como é que consegues?
- Se isto fosse uma receita, que eu seguisse à regra, eu juro que te dizia. Mas não é. Faz parte de mim. Do meu ser.
- Sinto inveja.
- É aí que começa. Não repares na felicidade dos outros, foca-te na tua. Nas coisas que te fazem bem. Nas pessoas que queres ao teu lado. Com quem queres partilhar as coisas. Nas pessoas que te merecem. Nos sítios que te fazem feliz. Nas comidas onde perdes a cabeça. Nos concertos, ai os concertos. Sei lá. Foca-te em ti. A inveja é o primeiro passo para saíres do teu trilho e começares em busca de uma vida que não é tua, nem muito menos a felicidade que consta nessa vida que não te pertence.
- Ah. Fácil. Mas como é que consegues?
- (Suspiro.)
- Como é que consigo o quê?
- Estar sempre assim, radiosa, feliz, de sorriso na cara.
- Ahahahah. Não faço ideia. Acho que tenho mesmo uma felicidade natural dentro de mim.
- Mas como é que consegues?
- Não sei. Juro que não sei. Talvez tenha a ver com a aceitação. Aceitar as coisas que acontecem.
- Mas a sério, como é que consegues?
- Se isto fosse uma receita, que eu seguisse à regra, eu juro que te dizia. Mas não é. Faz parte de mim. Do meu ser.
- Sinto inveja.
- É aí que começa. Não repares na felicidade dos outros, foca-te na tua. Nas coisas que te fazem bem. Nas pessoas que queres ao teu lado. Com quem queres partilhar as coisas. Nas pessoas que te merecem. Nos sítios que te fazem feliz. Nas comidas onde perdes a cabeça. Nos concertos, ai os concertos. Sei lá. Foca-te em ti. A inveja é o primeiro passo para saíres do teu trilho e começares em busca de uma vida que não é tua, nem muito menos a felicidade que consta nessa vida que não te pertence.
- Ah. Fácil. Mas como é que consegues?
- (Suspiro.)
quarta-feira, 25 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
Sobre o Bon Iver
Eu: Ai pah, ouvir Bon Iver, dá-me aquela sensação de estar apaixonada. É tão bom pá, sabe mesmo bem.
Ele: isto é demasiado lamechas vindo de ti.
Ele: isto é demasiado lamechas vindo de ti.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Sobre o Alive12
Obrigada EIN, pelo Domingo que me deste.
Sexta e Sábado também não foram maus, mas Domingo, foi sem sombra de duvida um dos melhores dias da minha vida, mas da minha vida toda.
Fica para sempre:
Radiohead
The Kills
Metronomy
Sexta e Sábado também não foram maus, mas Domingo, foi sem sombra de duvida um dos melhores dias da minha vida, mas da minha vida toda.
Fica para sempre:
Radiohead
The Kills
Metronomy
quarta-feira, 18 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Dever ser o "lá que é", deve.
Ainda não entendi se é da idade, da pressão, da sociedade ou lá que é.
O facto de estar sozinha a algum tempo fez-me entender muita coisa. As pessoas que têm pessoas não gostam de pessoas sozinhas, precisam de pessoas que tenham pessoas, para validar a escolha que tomaram.
Como se tivéssemos de viver todos com a mesma escolha para dar segurança à escolha de cada um fez em particular.
As pessoas que têm pessoas muitas vezes não entendem que estar sozinha não significa sentir-me sozinha. E pior, custa-lhes entender que isto seja uma escolha. Poucos entendem esta escolha "Mas porque raio queres tu não ter ninguém?" Pá. Nem me esforço para explicar. Eu escolhi isto para mim à algum tempo, e vai-se manter assim até fazer outra escolha qualquer. Sei lá. É a vida.
E a minha vida, epá, é do c*r*lho. Desculpem, mas é. E eu sinto-me verdadeiramente feliz desta forma. E não preciso da aprovação de ninguém, nem que me entendam. Preciso sim, dos amigos de sempre, que não me julgam nem criticam e estão cá para mim e para nós. A vida é mais que ter uma pessoa, especialmente nesta espécie de altura em que toda gente tem pessoas por ter. Em que todas as conversas passam por falar "mal" do dito/a cujo/a.
O engraçado é que, toda a gente tem dias menos bons, tenham pessoas ou não. E as pessoas que têm pessoas acham sempre que uma pessoa que está sozinha está menos bem porque não tem pessoa. E isso é só a conclusão mais parva de todo o sempre.
Ainda não entendi se é da idade, da pressão, da sociedade ou lá o que é.
O facto de estar sozinha a algum tempo fez-me entender muita coisa. As pessoas que têm pessoas não gostam de pessoas sozinhas, precisam de pessoas que tenham pessoas, para validar a escolha que tomaram.
Como se tivéssemos de viver todos com a mesma escolha para dar segurança à escolha de cada um fez em particular.
As pessoas que têm pessoas muitas vezes não entendem que estar sozinha não significa sentir-me sozinha. E pior, custa-lhes entender que isto seja uma escolha. Poucos entendem esta escolha "Mas porque raio queres tu não ter ninguém?" Pá. Nem me esforço para explicar. Eu escolhi isto para mim à algum tempo, e vai-se manter assim até fazer outra escolha qualquer. Sei lá. É a vida.
E a minha vida, epá, é do c*r*lho. Desculpem, mas é. E eu sinto-me verdadeiramente feliz desta forma. E não preciso da aprovação de ninguém, nem que me entendam. Preciso sim, dos amigos de sempre, que não me julgam nem criticam e estão cá para mim e para nós. A vida é mais que ter uma pessoa, especialmente nesta espécie de altura em que toda gente tem pessoas por ter. Em que todas as conversas passam por falar "mal" do dito/a cujo/a.
O engraçado é que, toda a gente tem dias menos bons, tenham pessoas ou não. E as pessoas que têm pessoas acham sempre que uma pessoa que está sozinha está menos bem porque não tem pessoa. E isso é só a conclusão mais parva de todo o sempre.
Ainda não entendi se é da idade, da pressão, da sociedade ou lá o que é.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Estar extremamente feliz é
Faltarem 5 dias para ver uma das melhores bandas de todo o sempre, bem acompanhada.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Percepções do que está à minha volta
É mais fácil julgar e criticar uma atitude e uma palavra de outra pessoa do que parar para a ouvir e perceber o está por de trás "daquilo".
Mas, às vezes é mais fácil falar do que ouvir.
Nem todas as pessoas sabem ouvir.
E pior que não saber ouvir, é não querer saber. Saber implica tomar atitudes. O saber acarreta responsabilidade que muitas vezes não se quer carregar.
É mais fácil criticar do que perceber.
É tão mais simples parar para ouvir.
Mas, às vezes é mais fácil falar do que ouvir.
Nem todas as pessoas sabem ouvir.
E pior que não saber ouvir, é não querer saber. Saber implica tomar atitudes. O saber acarreta responsabilidade que muitas vezes não se quer carregar.
É mais fácil criticar do que perceber.
É tão mais simples parar para ouvir.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
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